Não é aconselhável darmos banho completo ao bebé enquanto o coto do cordão umbilical não cair. No nosso caso, lavamos a Joana com o auxilio de compressas esterilizadas embebidas em água tépida e em “Creme Lavante”, da Uriage. Por último, o coto do cordão umbilical deverá ser limpo com compressas esterilizadas embebidas em álcool etílico a 70º. Ao colocarmos a fralda, poderemos fazer uma dobra na mesma e retirar para fora o suporte plástico que segura o coto do cordão umbilical de forma a evitar qualquer estrangulamento ou falta de respiração desta zona tão sensível;

A água do banho deverá situar-se entre os 35º e os 37º. Para segurar o bebé no banho, passamos o braço esquerdo por detrás das costas do bebé. Fazemos uma pinça com o polegar e o indicador. Esta pinça agarra no braço do bebé, mesmo junto ao ombro. Ao fazermos isto, o nosso braço e pulso ficam automaticamente a apoiar a cabeça do bebé. Com a outra mão, vamos lavando suavemente o bebé, começando pela cabeça e descendo até aos pés. Para lavar as costas, podemos rodar o bebé ligeiramente para nós ou então pomos a outra mão no peito do bebé e viramo-lo, sem nunca largar a pinça que temos feita com a mão esquerda, ficando o pescoço do bebé apoiado no nosso braço. Deveremos começar por lavar as zonas menos sujas e terminar nas zonas mais sujas. A cabeça deverá ser lavada em primeiro lugar. No final do banho é importante limparmos todas as preguinhas da pele: com a toalha não esfregamos a pele do bebé mas damos pequenas pancadinhas. Não esquecer de limpar atrás das orelhas, debaixo do queixo e atrás dos joelhos, onde facilmente se acumula alguma sujidade natural. Urge secarmos primeiro a cabeça e o cabelo do bebé porque é pela cabeça que perdemos o nosso calor corporal. A roupinha do bebé deverá estar pronta antes do banho para que o bebé não apanhe frio. Nós compramos uma banheira com tripé por ser mais prático. As banheiras embutidas na cómoda, apesar de constituírem uma melhor economia de espaço, acabam por ser contraproducentes porque esse tipo de banheiras acabam por se tornar pequenas mais rapidamente para além de que, quando o bebé começa a chapinhar na água, acaba por molhar a própria cómoda;

Para combater a crosta láctea, existe um mito muito divulgado que consiste em utilizarmos óleo de amêndoas doces para eliminar a crosta láctea. Ora, o óleo de amêndoas doces, ao invés de facilitar a abertura dos poros, por forma a que o couro cabeludo respire (as crostas são como que uma barreira que impede essa mesma respiração), fecha os poros ainda mais. O óleo de amêndoas doces amolece as crostinhas mas não “cura” a crosta láctea mas o seu efeito terapêutico termina aqui. Assim, existem dois produtos excelentes que vos posso recomendar: o Pediatril e o Kelual, à venda nas farmácias. Na minha opinião, o Kelual é mais eficaz num espaço temporal mais curto, apesar do Pediatril também ser um bom produto.
Convém pentearmos o cabelo do bebé com um pente de pontas arredondadas e nunca tirar as crostas que entretanto se vão soltando com as mãos. Posso também aconselhar a não pentear o cabelo todo para trás pois assim o couro cabeludo tem mais dificuldade em respirar;

Relativamente ao creme barreira, existem opiniões que apontam para a sua utilização apenas em caso de início de assadura. Nós aplicamos sempre um creme barreira após a muda da fralda (preferencialmente Uriage, se bem que a Eryplast da Lutsine que orienta igualmente a nossa escolha). Perante assaduras, usamos o Canesten (consultar primeiro o pediatra sobre a posologia), o Nutraisdin e/ou o Zimycan. O que também ajuda é misturar Canesten com Eryplast.

Sofia Sousa

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